terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Avaliação Neuropsicológica Infantil. Quando devemos procurar um Psicólogo?


O comportamento anormal ou patológico pode ter origem na própria criança (fator biológico) ou no ambiente (fator social), bem como da interação desses dois fatores. Para caracterizá-lo, devem ser considerados os seguintes fatores, entre outros:

·        Idade;
·        Constituição física;
·        Desenvolvimento (período em que a criança se encontra);
·        Ambiente cultural;
·        Conduta e personalidade dos pais e irmãos;
·        Tensões e traumas da vida cotidiana, aos qual a criança fica exposta;
·        Meios de adaptação a essas pressões;
·        Processos envolvidos na maturação da personalidade infantil.

Quando se detecta alguma anormalidade após a verificação de todos esses fatores, é necessário, ainda, que ele faça uma análise a respeito da permanência das características apresentadas. A criança pode estar vivendo uma fase difícil, que será provisória ou não, dependendo de suas condições em superá-la.



Quadro de comportamentos para recém-nascidos até 6 meses de vida
Atitude adequada
Problemática
Tendendo ao anormal
Ajustamento fisiológico à vida extra-uterina.
Aceitação dos mecanismos de comer, dormir, etc.
Domínio sobre os reflexos.
Relação simbiótica com a mãe.
Atividade de sucção.
Chora quando desconfortável.
Reage a estímulos: boca, pele, som e luz.
Fisiologicamente instável.
Egoísmo acentuado.
Dependência total.
Não demonstra raciocínio.
Aprende a “aguardar” as atitudes dos adultos.
Demonstra afeto pelas pessoas que “cuidam” dele.
Dificuldades na alimentação e complicação digestiva: vômitos, cólicas, disenteria etc.
Dificuldades no sono. Excesso de sucção. Excesso de atividade motora (agitação).
Choro em excesso.
Irritabilidade demasiada.
Difícil de acalmar.

Apatia e depressão. Indiferença.
Choro contínuo e monótono.
Gritos sem motivo aparente.
Não reage aos estímulos.
Não suga.
Não percorre as etapas normais de desenvolvimento.

Quadro de comportamentos para crianças de 6 meses a 18 meses
Atitude adequada
Problemática
Tendendo ao anormal
Fisiologicamente mais estável.
Maior atividade motora e exploradora do ambiente.
Maior paciência e tolerância.
Melhor controle dos instintos.
“Distingue” os estranhos.
Muito ligado ainda à mãe.
Aumento no número de palavras utilizadas.
Conduta mais sociável.
Alegre e brincalhona.
Crises de raiva e negativismo.
“Manias” pessoais.
Capacidade de memória e antecipação.
Início da imitação.
Excesso de choro, irritabilidade e raiva.
Pouca tolerância. Excesso de negativismo.
Dificuldades na alimentação e sono.
Dificuldades no controle das evacuações.
Padrões motores evidentes: chupar o dedo, balançar-se etc.
Desenvolvimento retardado em algumas etapas.

Crises temperamentais muito freqüentes.
Convulsões repetidas.
Apatia, imobilidade e isolamento.
Excesso e caráter obsessivo em padrões motores: chupar o dedo, balançar-se, mover a cabeça de lado a lado ou contra o berço etc.
Falta de interesse pelo ambiente, por objetos ou por brincar.
Falta de apetite acentuado. Falta de emotividade.
Não demonstra ligação com a mãe.
Desenvolvimento estacionário.

Quadro de comportamentos de crianças até 5 anos
Atitude adequada
Problemática
Tendendo ao anormal
Satisfação com os exercícios de habilidades neuromotoras (pular, comer, recortar etc.).
Investigação, imitação e uso da imaginação.
Atos moderados pelo raciocínio.
Boa memória.
Autonomia nas funções corporais (comer, controle dos esfíncteres).
Dependência materna e medo de separação.
Identificação no comportamento com os pais, irmãos e amigos.
Aprende a falar para se comunicar.
Sentimentos intensos emocionais (vergonha, culpa, alegria, amor e desejo de agradar).
Padrões interiorizados do bom e mau.
Começa a testar a realidade.
Perguntas sobre o nascimento e morte.
Má coordenação motora.
Dificuldades persistentes na fala (gagueira, perda de palavras).
Timidez com pessoas e experiências.
Medos e terror noturno.
Dificuldades no comer, dormir, eliminação, higiene corporal, desmame etc.
Irritabilidade, choro e crises temperamentais.
Infantilização.
Impossibilidade de deixar a mãe sem sentir pânico.
Medo de estranhos.
Crises de perda de fôlego.
Falta de interesse na companhia de outras crianças.

Extrema agitação ou, então, passividade.
Letargia (torpor ou sonolência).
Fala pouco ou nada; não é comunicativa.
Não reage às pessoas, não se relaciona com elas.
Doenças somáticas: vômitos, diarréias, prisão de ventre, erupções, tiques.
Introversão profunda.
Enurese excessiva.
Não controla as fezes.
Medo excessivo de tudo.
Infantilidade grave.
Ausência ou excesso de atividade auto-erótica (masturbação).
Comportamentos obsessivo-compulsivos como rituais.
Comportamentos destrutivo-compulsivo como queimar, rasgar e destruir.




Quadro de comportamentos de crianças de 5 a 12 anos
Atitude adequada
Problemática
Tendendo a anormal
Saúde física boa, aguda percepção sensorial.
Orgulho e confiança em si mesma; menor dependência dos pais.
Melhor controle dos impulsos.
Ambivalência em relação à dependência, separação e novas experiências.
Aceita a função do próprio sexo.
Tem consciência do mundo natural como vida, morte, nascimento.
Aprecia a interação com colegas.
Respeita as leis sociais.
Pensamento operacional concreto.
Responde ao aprendizado.
Fala como instrumento de raciocínio e expressão.
Pensamentos ainda egocêntricos.
Ansiedade.
Falta de concentração, dificuldade no aprendizado, falta de motivação no estudo.
Delinqüência, ostentação, mentira, furto, explosões temperamentais, conduta anti-social.
Comportamento regressivo, enurese, evacuações, choros, medos.
Aparecimentos de rituais e tiques.
Dificuldades na alimentação, sono, dores, erupções, mal-estar indefinido.
Retraimento excessivo; apatia, depressão, tristeza, tendências à auto-eliminação.
Incapacidade completa no aprendizado.
Dificuldade na fala, gagueira.
Conduta anti-social excessiva (agressividade, mentira, destruição, roubo, crueldade com animais).
Comportamentos obsessivo-compulsivos como rituais, fobias, fantasias.
Incapacidade de distinguir a realidade da fantasia.
Exibicionismo sexual excessivo.
Incapacidade de desenvolvimento, falta de apetite, obesidade, hipocondria.
Completa ausência de relacionamento interpessoal.
MARCELLI, D. Manual de Psicopatologia da Infância de Ajuriaguerra. Porto Alegre: Artmed, 1998.

sábado, 16 de julho de 2016

Como a nossa alimentação pode desencadear /agravar as doenças de natureza emocionais





O estresse da vida moderna nem sempre é o grande vilão. O que acontece é que a depressão é causada, basicamente por problemas com algumas substâncias químicas cerebrais conhecidas como neurotransmissores. Estes neurotransmissores são formados a partir do que recebemos do ambiente, por exemplo,  alimentação, influências físicas, etc.

Hoje em dia, consumimos coisas que há 100 ou 500 anos atrás, nunca consumíamos, e, pelo contrário, não consumimos coisas que há pouco tempo consumíamos. Tudo isto leva à enormes distorções em nossa neuroquímica cerebral, como se segue:

1 Consumimos muito pouco ácido fólico (frutas, verduras), que é uma substância essencial para os neurotransmissores.

2 Consumimos muitas substâncias que prejudicam o funcionamento dos neurotransmissores, por exemplo :

2.a. Todo tipo de óleo. O homem antigo não consumia óleos armazenados (p.ex., litros e mais litros de óleos de soja), óleos animais conservados (p.ex., manteiga de leite, creme de leite, leite gordo), óleos saturados, hidrogenados, gordura trans, frituras, etc. O óleo de nossa alimentação, enquanto “homem antigo”, “homem natural”,  só vinha das próprias plantas (o próprio feijão em o seu óleo, o próprio arroz tem o seu óleo), ou, sobretudo, dos animais (as próprias carnes têm os seus óleos). Hoje já  estamos consumindo  um excesso, e todo tipo de gordura “não-natural”, gorduras que o homem antigo não consumia, e tudo isto prejudica enormemente o funcionamento dos neurotransmissores. Em alguns casos, estes neurotransmissores são aumentados abruptamente, causando até certo “bem-estar”, mas, quando caem, também abruptamente, depletam os estoques de neurotransmissores, gerando ou piorando estados de angústia, ansiedade, depressão.

3 Há várias substâncias químicas que ingerimos no dia a dia, sem o saber, e que são psicoativas, ou seja, agem no cérebro, para o lado ruim. Por exemplo: ciclamato, sacarina, sorbitol, acessulfame, aspartame, etc. Todas estas substâncias têm efeito cerebral, psiquiátrico,  geralmente deletério. Igualmente, muitos condimentos, que contem a capsaicína, encontrada nas pimentas. A tiramina, também encontrada em conservas,  enlatados, vinhos, queijos, frutas cristalizadas, frutas muito amadurecidas, também pode ter efeito deletério sobre a ansiedade e depressão, nestes casos podendo  também produzir enxaqueca em pessoas que tem predisposição.

Substâncias  excitantes são igualmente deletérias. Por exemplo, o efeito excitante do álcool, café, guaraná, chocolate, chá preto,  coca-cola, energéticos, etc. E muitos caem no engodo, pois a curto prazo, a pessoa sente mais energia, força, prazer, humor. Isto sem falar na nicotina, cujos prejuízos não é preciso nem ressaltar.

4 Por outro lado, deixamos também de ingerir substâncias muito necessárias para a formação dos tais neurotransmissores, como por exemplo, o triptofano (pode ser consumido como leite desnatado),  o magnésio (pode ser consumido como ervilha), vitaminas do Complexo B (sobretudo frutas e verduras). Deixamos também de consumir os “bons carboidratos”, que são os das frutas, verduras, mel - frutose, etc, e passamos a consumir só os carboidratos mais artificiais, ou seja, massas, trigo, arroz, açúcar- sacarose, etc.

5 Sobretudo no interior do país, foi-se deixando de consumir um produto essencial para gerar “bons ácidos graxos”, os peixes. A gordura destes , p.ex., ômega 3,  é muito salutar e importante também para a formação dos neurotransmissores e funcionamento cerebral.

6 Outros elementos fundamentais para a formação de neurotransmissores são o exercicios físicos e a luz solar, hábitos também muito deixados de lado. Obesidade e a consequente apneia de sono são elementos que pioram ou cronificam a depressão.

7 Monóxido de carbono, chumbo, mercúrio, substâncias emitidas por poluição, escapamento de carros,  sobretudo o primeiro, estão, também entre as mais deletérias, podendo levar, em alguns casos, da depressão até a demência. E hoje, com o aumento enorme do uso de carros, vivemos cada vez mais expostos a estas substâncias.



Fonte: dm.com.br

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

DEPRESSÃO É DOENÇA, NÃO FALTA DE CARÁTER. AJUDE QUEM TEM

A prevalência na população é de 15% e em mulheres.

A depressão é um transtorno de humor em que os pacientes são afligidos apenas por episódios depressivos. A prevalência na população é de 15% e em mulheres pode chegar até 25% por várias razões: os fatores comuns a população acrescentado a variados estresses, alterações hormonais em épocas marcantes da vida como gravidez, pós-parto e menopausa.

 

Os fatores desencadeantes da depressão podem ser biológicos, genéticos e/ou psicossociais. A interação entre os três fatores dificulta a determinação de uma causa específica da depressão, pois uma ocorrência numa área pode afetar as demais. É uma doença muito complexa e difícil de ser diagnosticada, pois seus principais sintomas podem ser confundidos com tristeza, apatia, preguiça, irresponsabilidade e em casos crônicos como fraqueza ou falha de caráter.

 

A causa mais provável da depressão é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Os eventos estressantes podem desencadear a depressão nas pessoas predispostas e entre eles destacam-se: perda de pessoa querida, de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, separação conjugal, perda de status financeiro, de papéis sociais, aposentadoria entre outros.

 

Para que o diagnóstico seja preciso é necessária a presença de um grupo de sintomas por um determinado tempo. Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde a sensação de tristeza, pensamentos negativos até sensações corporais. Os sintomas corporais mais comuns são: batimentos cardíacos acelerados, constipação intestinal, dores de cabeça, dificuldades digestivas, boca ressecada, alterações do apetite e do sono, lentificação das atividades físicas e mentais.

 

Os sintomas emocionais mais comuns são: pessimismo, dificuldade de tomar decisões, dificuldade para começar e terminar tarefas, irritabilidade, impaciência ou inquietação, achar que não vale a pena viver ou desejo de morrer, chorar à-toa ou dificuldade para chorar, sensação de que nunca vai melhorar, sentimento de pena de si mesmo, de culpa injustificável, perda do desejo sexual, de energia ou interesse, humor deprimido, dificuldade de concentração, sentimento de pesar ou fracasso.

 

Ressalta-se nesse contexto a prevenção e o diagnóstico precoce da depressão como fatores importantes para evitar os danos dela decorrentes, principalmente, o suicídio. O preconceito em relação aos transtornos mentais é uma realidade na nossa sociedade, o individualismo e a falta de comunicação dentro da própria família também dificultam a percepção do problema, levando a pessoa que sofre de depressão ao isolamento e a solidão criando as condições que culminam para a consumação do ato suicida.

 

O tratamento depende de vários fatores: em que grau se encontra a doença, se o cliente é cooperativo, que alternativas paralelas podem ser agregadas para acelerar o processo de cura. O tratamento inclui consulta a um psiquiatra que faz a avaliação da necessidade do uso de remédios antidepressivos, que regulam a química cerebral.

 

A psicoterapia é importante porque dará a pessoa um tempo e um espaço para falar de suas angústias, de seus medos e com o apoio do psicólogo, olhar para suas dificuldades por um novo ângulo. A força de vontade, o desejo de alcançar objetivos, o auxílio da família e dos amigos é imprescindível para recuperação do equilíbrio e do bom humor. Quanto mais amparada a pessoa estiver, mais rápido ficará bem.

 

A prática de atividades físicas traz inúmeros benefícios e funciona como auxiliar no tratamento, bem como fator preventivo, pois reduz a ansiedade, o estresse, aumenta a auto-estima e melhora o sono. Qualquer que seja o tipo de atividade física escolhida, é válida para melhorar o quadro depressivo, desde que não existam outros comprometimentos que impeçam a prática decorrente de condições de saúde limitantes.

www.cuidarte.com.br

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Lista de Verificação das Distorções Cognitivas

Distorções cognitivas ão formas de pensar distorcidas da realidade, padronizadas pelos eventos da vida e que geram grande sofrimento para si próprio ou para os outros com quem convive.
São expressas em pensamentos automáticos disfuncionais, sendo um processamento de informações emocionais equivocado onde, nossos esquemas mal adaptativos distorcem a realidade para que esta se torne condizente com nossas crenças centrais de desamparo, desamor e desvalorização.
Uma psicoterapia bem conduzida, vai orientar o paciente a identificar as suas crenças centrais irracionais e, consequentemente suas distorções cognitivas. O próximo processo, é a reestruturação cognitiva, para gerar respostas mais adaptativas. 

ERROS  DE  PENSAMENTOS  MAIS  COMUNS/ ARMADILHAS COGNITIVAS DESENCADEADAS POR ERROS DE PENSAMENTO:
1-      Leitura mental: Você imagina que sabe o que as pessoas pensam sem ter evidências suficientes. A pessoa acha que sabe o que os outros estão pensando e não considera outras possibilidades mais prováveis. Por exemplo: “Ele acha que sou um fracasso”. “Ele está pensando que eu não sei nada sobre esse projeto.”  “Ele pensa que sou uma idiota.”  É possível perceber essa distorção cognitiva quando apresenta-se um trabalho acadêmico em público, pois normalmente a pessoa estará fazendo a seguinte leitura mental: “Ele está me olhando assim pois deve estar pensando que estou falando abobrinhas.”
2-      Adivinhação do futuro: Você prevê o futuro – que as coisas vão piorar ou que há perigos pela frente. Você acredita que o que aconteceu ou vai acontecer é tão terrível e insustentável que não será capaz de suportar. A pessoa prevê o futuro negativamente sem considerar outros resultados mais prováveis .Por exemplo: “Seria horrível se eu fracassasse” , “Vou ser reprovado no exame” ou “Não conseguirei o emprego”
3-      Catastrofização: É quando nós aumentamos a gravidade das coisas, transformando uma dificuldade em uma impossibilidade, e uma situação difícil em uma catástrofe. Meu filho ainda não chegou, deve ter acontecido algo ruim.  Esperarei mais um pouco, pois não conseguirei dormir mesmo”, ou “Meu namorado não atende o celular, deve estar com outra. Tudo está bem entre nós, mas sei que logo começará a  me desapontar, pois  não chegou ainda”.
4-       Rotulação : Você atribui traços negativos a si mesmo e aos outros. Quando a pessoa habitua-se a colocar um rótulo global e fixo sobre si mesmo ou sobre os outros sem considerar as ocorrências. Por exemplo: “Sou indesejável” ou “Ele é uma pessoa imprestável” ou “Eu sou idiota mesmo!” ou  “Quão burra eu sou! ou” “Ele é um simplório!” ou “Os homens são todos iguais!”  Esses rótulos são simplesmente abstrações que levam à raiva, ansiedade, frustração e baixo amor próprio.
5-      Desqualificação dos aspectos positivos: Você afirma que as realizações positivas, suas ou alheias, são triviais.”.  A pessoa diz para si mesmo que experiências, atos ou qualidades positivos não contam.       Por exemplo: “É isso que se espera das esposas – de modo que não conta quando ela é legal comigo” ou “ Esses sucessos são fáceis, de modo que não importam” “Eu fiz bem aquele projeto, mas isso não significa que eu seja competente; eu apenas tive sorte.” A pessoa rejeita experiências positivas insistindo que elas não contam.  Desqualificar o positivo tira a alegria da vida e faz a pessoa se sentir inadequada e não recompensada. Este é o preço que a pessoa paga  por não qualificar as coisas que acontecem em seu cotidiano.
6-       Filtro negativo : Você foca quase exclusivamente os aspectos negativos e raramente nota os positivos. Por exemplo: “Veja todas as pessoas que não gostam de mim”.
7-      Supergeneralização: Você percebe um padrão global de aspectos negativos com base em um único incidente. A pessoa tira uma conclusão negativa radical que vai muito além da situação atual. Exemplo: “Nessa escola não tenho amigos, assim como era no colégio anterior.” A pessoa vê um episódio negativo como uma rejeição amorosa e estabelece um padrão de pensamento para situações similares. Outros exemplos comuns: “Todos os meus namorados irão me trair.”, “Isso geralmente me acontece. Parece que eu fracasso em muitas coisas”.
8-      Pensamento dicotômico: Pensamento preto-e-branco, polarizado e tudo ou nada, é 8 ou 80: A pessoa vê uma situação em apenas duas categorias em vez de em várias alternativas. Exemplo: “Se eu não for um sucesso total, eu serei um fracasso.” A pessoa perfeccionista normalmente faz uso constante desse erro de pensamento e isso faz com que se sinta inadequado e desvalorizado quando o sucesso esperado não vem. Pensamentos dicotômicos tendem a contribuir para episódios depressivos e separações conjugaisPor exemplo: “Sou rejeitado por todos” ou “Tudo isso foi perda de tempo”.
9-      Afirmações do tipo “deveria”: Você interpreta os eventos em termos de como as coisas devem ser, em vez de simplesmente concentrar-se no que elas são. Ditadura dos deverias: É muito comum em personalidades do tipo Obsessivo-Compulsiva, pois emprega constantemente os termos: “eu deveria”, “eu tenho que”. Pessoas com características perfeccionistas utilizam esse erro de pensamento diariamente gerando ansiedade constante. A pessoa também cria expectativas exageradas em relação ao comportamento dos outros, gerando afetos negativos quando estas não são preenchidas, bem como, adoecimento psicológico do tipo: estresse, ansiedade generalizada, depressão. E, também, acontecimentos indesejáveis como separação conjugal são pertinentes a esse tipo de distorção cognitiva. Bem como, conflitos entre pais e filhos, educadores e educandos, gerências e subordinados, entre outras relações interpessoais. Por exemplo: “Eu deveria me sair bem. Caso contrário, serei um fracasso”.
10-  Personalização: Você atribui a si mesmo culpa desproporcional por eventos negativos e não consegue ver que certos eventos também são provocados pelos outros, quando a pessoa guarda para si mesmo a inteira responsabilidade sobre um evento que não está sob seu controle. Por exemplo: “Eu não cuidei bem do meu filho, por isso ele está internado no hospital”. “Meu namorado me traiu porque eu estava estressada.” “Meu casamento terminou porque falhei”.
11-  Atribuição de culpa: Você se concentra na outra pessoa como fonte de sentimentos negativos e se recusa a assumir a responsabilidade da mudança. Por exemplo: “Estou me sentindo assim agora por culpa dela” ou “Meus pais são a causa de todos os meus problemas”.
12-  Comparações injustas: Você interpreta os eventos em termos de padrões irrealistas, comparando-se com pessoas que se saem melhor do que você e concluindo, então, que é inferior a elas. Por exemplo: “Ela é mais bem-sucedida do que eu” ou “Os outros se saíram melhor do que eu no teste”.
13-  Orientação para o remorso: Você fica preso à ideia de que poderia ter se saído melhor no passado, em vez de pensar no que pode fazer melhor agora. Por exemplo: “Eu poderia ter conseguido um emprego melhor  se tivesse tentado” ou “Eu não deveria ter dito isso”.
14-  E se…? Você faz uma série de perguntas do tipo “e se…” alguma coisa acontecer, e nunca fica satisfeito com as respostas. Por exemplo: “Sim, mas e  se eu não conseguir respirar? “E se eu perder o emprego”?. Essa distorção gera muita ansiedade.
15-  Raciocínio emocional: Você deixa os sentimentos guiarem sua interpretação da realidade. : A pessoa  pensa que algo deve ser verdade porque  “sente” (em realidade, acredita) isso da maneira tão convincente que acaba por ignorar ou desconsiderar fatos e evidências. Exemplo: “ Eu sei que eu faço muitas coisas certas no trabalho, mas eu ainda me sinto como se eu fosse um fracasso.”
Por exemplo: “Sinto-me deprimida; consequentemente, meu casamento não está dando certo”.

16-  Incapacidade refutar: Você rejeita qualquer evidência ou argumento que possa contradizer os pensamentos negativos. Por exemplo, quando você pensa “Não sou digna de amor”, rejeita como irrelevante qualquer evidência de que as pessoas gostem de você. Consequentemente, o pensamento não é refutado. Outro exemplo: “Esse não é o problema real. Há problemas mais profundos, Existem outros fatores.
19-  Foco no julgamento: Você avalia a si próprio, os outros e os eventos em termos de preto-e-branco (bom-mau ou superior-inferior), em vez de simplesmente descrever, aceitar ou compreender. Está continuamente se avaliando e avaliando os outros segundo padrões arbitrários e concluindo que você e os outros deixam a desejar. Você se concentra nos julgamentos dos outros e de si mesmo. Por exemplo: “Não tive um bom desempenho na faculdade” ou “Se eu for aprender tênis, vou me sair mal” ou “Veja como ela faz sucesso. Eu não consigo.”
Fonte: LEAHY, R. L. Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta Porto Alegre: Artmed, 2006. 336p.





O Que São os Comportamentos Disfuncionais?

Na teoria do psicólogo americano Jeffrey Young são apresentados 18 esquemas iniciais desadaptativos (EIDs) considerados centrais na cognição humana (consulte tabela no final da página). Grosso modo, isso significa como sua percepção frente à realidade impede sua adaptação a ela mesma. Entenda mais sobre o conceito desses esquemas no texto anterior – clique aqui e leia.
Esses esquemas se encontram inseridos em cinco domínios relacionados com necessidades emocionais não satisfeitas:
a) Domínio de desconexão e rejeição: expectativa de que as necessidades de segurança, estabilidade, cuidado, aceitação, empatia e respeito não serão satisfeitas de maneira previsível, causando a incapacidade de formar vínculos seguros e satisfatórios com outras pessoas.
Características da família de origem (onde foi criado): fria, desligada, rejeitadora, isoladora, imprevisível ou abusadora.
Privação Emocional: expectativa do indivíduo de que seu desejo de conexão emocional não será satisfeito adequadamente; inclui-se as seguintes formas de privação:
1- privação de cuidado: ausência de atenção, afeto, carinho ou companheirismo);

2- privação de empatia: ausência de compreensão, escuta, postura aberta, comprometimento mútuo de sentimentos;

3- privação de proteção: ausência de força, direção ou orientação por parte de outros.
Abandono/instabilidade: percepção de que os outros com quem poderia se relacionar são instáveis e indignos de confiança. Envolve a sensação de que pessoas significativas não serão capazes de continuar proporcionando apoio emocional, ligação, força ou proteção porque seriam emocionalmente instáveis e imprevisíveis (por ex. teriam acessos de raiva), não mereceriam confiança ou porque poderiam a qualquer momento abandonar ou não estarem presentes quando se precisasse delas.
Desconfiança/abuso: convicção de que as pessoas irão usá-los para fins egoístas
(abusarão, machucarão, magoarão, humilharão, mentirão, enganarão ou manipularão ou se aproveitarão). Geralmente, envolve a percepção de que o prejuízo é intencional ou resultado de negligência injustificada ou extrema. Pode incluir a sensação de que sempre se acaba sendo enganado por outros ou “levando a pior”.
Isolamento social/alienação: sentimento de que se está isolado do mundo, de que se é diferente, de não se adequar ou não pertencer a quaisquer grupos ou comunidades.

Defectividade/vergonha: sentimento de que é defectivo (está sempre devendo), falho, mau, indesejado, inferior ou inválido em aspectos importantes. Logo, não seria digno de receber amor, caso se expusesse. Pode envolver hipersensibilidade à crítica, rejeição e postura acusatória; constrangimento, comparações e insegurança quando se está junto de outros, ou vergonha dos defeitos percebidos. Essas falhas/defeitos podem ser privadas (como egoísmo, impulsos de raiva, desejos sexuais inaceitáveis) ou públicas (como aparência física indesejável, inadequação social).
b) Domínio de autonomia e desempenho prejudicados: expectativa de pouca capacidade de sobreviver e funcionar de forma independente e satisfatória. Dificuldade na separação com a família de origem.
Características da família de origem: superprotetora, emaranhada, destruidora da confiança da criança; não consegue reforçar a criança a ter um desempenho competente fora da família.
Fracasso: crenças de fracasso (fracassou ou fracassará) e de inadequação em relação
aos seus pares em conquistas acadêmicas, ocupacionais, esportivas, entre outras. Costuma envolver a crença de que se é burro, inapto, sem talento, ignorante, inferior, menos bem-sucedido, etc. do que os outros.

Dependência/incompetência: crença de que é incapaz de exercer as responsabilidades do dia a dia de uma maneira competente, sem a ajuda dos outros (por ex: cuidar de si mesmo, resolver problemas cotidianos, exercer a capacidade de discernimento, cumprir novas tarefas, tomar decisões adequadas). Apresenta-se frequentemente como desamparo.

Vulnerabilidade ao dano ou à doença: medo excessivo relacionado com catástrofes iminentes que cairão sobre si sem chances de impedir a ocorrência e sem capacidade para lidar com ela.

O medo se dirige a um ou mais dos seguintes:

(A) catástrofes em termos de saúde (ataque cardíaco, AIDS, etc.);

(B) catástrofes emocionais (ex: enlouquecer);

(C) catástrofes externas (queda de elevadores, ataques criminoso, desastres de avião, terremotos).

Emaranhamento/ego subdesenvolvido: necessidade de envolvimento emocional excessivo com uma ou mais pessoas importantes em sua vida comprometendo a individuação e desenvolvimento social normal. Muitas vezes, envolve a crença de que pelo menos uma das pessoas emaranhadas não pode viver, funcionar bem ou ser feliz sem o constante apoio dos outros. Pode também incluir sentimentos de ser sufocado ou fundido com outra(s) pessoa(s) e de não ter uma identidade individual suficiente. Com freqüência, é vivenciado como sentimento de vazio e fracasso totais, de não haver direção e, em casos extremos, de questionar a própria existência.
c) Domínio de limites prejudicados: deficiência nos limites internos, carência de desenvolvimento interno em relação à reciprocidade ou autodisciplina, apresentando dificuldades de respeitar terceiros, cooperar, manter compromissos, cumprir objetivos de longo prazo, restringir impulsos e postergar gratificações em função de benefícios futuros.

Características da família de origem: permissividade, falta de direção, senso de permissividade, excesso de indulgência.
Merecimento/arrogância/grandiosidade: crença de superioridade em relação aos outros de que é merecedor de direitos e privilégios especiais, não se sentindo submetidos às regras de reciprocidade que guiam a interação social normal. Insistência em se ter ou fazer o que se quer independente do que isso custe aos outros. Envolve o foco exagerado na superioridade (estar entre os mais bem-sucedidos, famosos, ricos) para atingir poder ou controle (e não necessariamente para obter aprovação ou atenção). Às vezes competitividade excessiva ou dominação: afirmar o próprio poder, forçar o próprio ponto de vista ou controlar o comportamento de outros segundo os próprios desejos, sem empatia ou preocupação com as necessidades ou desejos dos outros.

Autocontrole/autodisciplina insuficientes: dificuldade ou recusa em exercer autocontrole e tolerância à frustração com relação aos próprios objetivos. Dificuldade em limitar a expressão excessiva de emoções e impulsos. Em sua forma mais leve, a pessoa apresenta ênfase exagerada na evitação de desconforto: evitando dor, conflito, confrontação e responsabilidade, às custas da realização pessoal, comprometimento ou integridade.
d) Domínio de direcionamento para o outro: foco excessivo nos desejos, sentimentos dos outros, comprometendo às suas próprias necessidades, visando obter aprovação, conexão emocional e evitar retaliação, não tendo muitas vezes consciência de sua própria raiva e preferências.

Características da família de origem: aceitação condicional (sob certas condições), onde as crianças devem suprimir aspectos importantes de si próprio e de seus desejos para obterem amor, aceitação social ou status. As vontades dos pais são mais importantes que os desejos e necessidades das crianças.
Subjugação (ato de se submeter): excessiva submissão ao controle dos outros por sentir-se coagido e por perceber as próprias necessidades e sentimentos como não válidos ou importantes para o outro. Submetendo-se para evitar a raiva, a retaliação e o abandono; as principais formas são subjugação de necessidades (supressão das próprias preferências, decisões, desejos e opiniões) e subjugação das emoções (supressão de emoções, principalmente a raiva). Apresenta-se como obediência excessiva, combinada com hipersensibilidade a sentir-se preso. Costuma levar a aumento da raiva, manifestada em sintomas desadaptativos (por ex: comportamento passivo-agressivo, explosões de descontrole, sintomas psicossomáticos, uso excessivo de álcool ou drogas).

Autossacrifício: cumprimento voluntário das necessidades alheias à custa da própria gratificação visando poupar os outros de sofrimento, evitar culpa de se sentir egoísta, ganhar autoestima ou manter relação com quem considera carente; com frequência resulta de sensibilidade intensa ao sofrimento de terceiros. Às vezes, leva a uma sensação de que as próprias necessidades não estão sendo adequadamente satisfeitas e ao ressentimento em relação àqueles que estão sendo cuidados.

Busca de aprovação/reconhecimento: ênfase excessiva na obtenção de aprovação,
reconhecimento ou atenção dos outros ou no próprio enquadramento, comprometendo o desenvolvimento seguro e verdadeiro do próprio self ( o eu). A autoestima depende principalmente das reações alheias, em lugar das próprias inclinações naturais. Por vezes, inclui uma ênfase exagerada em status, aparência, aceitação social, dinheiro ou realizações como forma de obter aprovação, admiração ou atenção (não tanto em função de poder e controle). Com frequência, resulta em importantes decisões não autênticas nem satisfatórias, ou em hipersensibilidade à rejeição.
e) Domínio de supervigilância e inibição: supressão de sentimentos e impulsos espontâneos com esforços no cumprimento de regras rígidas internalizadas em relação ao próprio desempenho, às custas da autoexpressão, felicidade, relacionamentos íntimos e qualidade de vida. Ênfase excessiva no controle dos impulsos, diminuição da espontaneidade. Há uma preocupação de que as coisas irão desabar se houver falha na vigilância.
Características da família de origem: severa, exigente, punitiva, perfeccionista (escondendo emoções e evitando erros), propensão ao pessimismo e a preocupações de que as coisas não vão dar certo.
Negativismo/pessimismo: foco generalizado, duradouro e exagerado nos aspectos negativos da vida (sofrimento, morte, perda, decepção, culpa, ressentimentos, erros, traição, problemas) em detrimento de minimização ou negligência dos aspectos positivos ou otimistas. Costuma incluir uma expectativa exagerada – uma ampla gama de situações profissionais, financeiras, interperssoais – de que algo vai acabar dando muito errado, mesmo que todas as evidências demonstrem o contrário. Envolve um medo exagerado de cometer erros que podem levar a colapso financeiro, perda, humilhação ou a se ver preso em uma situação ruim. Como exageram os resultados negativos potenciais, essas pessoas costumam se caracterizar por preocupação, vigilância, queixas ou indecisões crônicas.

- Inibição emocional: excessiva inibição da ação, sentimentos, comunicação espontânea visando evitar desaprovação alheia, sentimentos de vergonha ou de perda do controle dos próprios impulsos.

As áreas mais comuns da inibição envolvem: inibição da raiva e da agressão; inibição de impulsos positivos (por ex. alegria, afeto, excitação sexual, brincadeira); dificuldade de manifestar vulnerabilidades ou comunicar livremente seus sentimentos e necessidades; excessiva racionalidade, ao mesmo tempo em que se desconsideram emoções.

Padrões inflexíveis/postura crítica exagerada: crença de que grande esforço deve ser empreendido na obtenção de elevados padrões internos de comportamento e desempenho para evitar críticas, o que repercute em sentimentos de pressão ou dificuldade de relaxar e em posturas críticas exageradas com relação a si e aos outros. Costuma resultar em sentimentos de pressão ou dificuldade de relaxar e em posturas criticas exageradas com relação a si mesmo e a outros. Deve envolver importante prejuízo do prazer, do relaxamento, da saúde, da autoestima, da sensação de realização ou de relacionamentos satisfatórios.

Os padrões inflexíveis geralmente se apresentam como: perfeccionismo - atenção exagerada a detalhes ou subestimação de quão bom é seu desempenho em relação à norma; regras rígidas e ideias de como as coisas “deveriam” ser em muitas áreas da vida, incluindo preceitos morais, éticos culturais e religiosos elevados, fora da realidade; preocupação com tempo e eficiência, necessidade de fazer sempre mais do que se faz.
Caráter punitivo: convicção de que os indivíduos deveriam ser severamente punidos pelos erros que cometem, implicando em tendência a estar com raiva, ser intolerante e impaciente com as pessoas e consigo próprio quando não correspondem às suas expectativas ou padrões. Via de regra, inclui dificuldades de perdoar os próprios erros, bem como os alheios.
DomíniosEsquemas iniciais desadaptativos
 Desconexão e rejeição1. Abandono/instabilidade 4. Defectividade/vergonha
2. Desconfiança/abuso 5. Isolamento social/alienação
3. Privação emocional
 Autonomia e desempenho prejudicados6. Dependência/incompetência 9. Fracasso
7. Vulnerabilidade
8. Emaranhamento/ego subdesenvolvido
 Limites prejudicados10. Merecimento/arrogo/grandiosidade
11. Autocontrole/autodisciplina insuficientes
 Orientação para o outro12. Subjugação
13. Autossacrifício
14. Busca de aprovação/reconhecimento
 Supervigilância e inibição15. Negativismo/pessimismo 18. Caráter punitivo
16. Inibição emocional
17. Padrões inflexíveis/crítica exagerada


Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/comportamentos_disfuncionais01.htm

Novas Normas Para Atendimento Psicológico On Line


O atendimento psicológico via internet, que ocorre por e-mail, MSN ou Skype, poderá ter mais sessões e ganhará maior rigor em seus mecanismos de segurança.

O CFP (Conselho Federal de Psicologia) publicou uma nova resolução para disciplinar esse atendimento à distância. Regulamentada no Brasil em 2005, a orientação psicológica na web atende problemas pontuais do paciente, como dificuldades de adaptação em uma nova cidade, problemas escolares do filho ou questões afetivas.

O atendimento via internet ainda gera críticas entre alguns profissionais. O maior temor dos críticos é quanto ao sigilo da conversa na web. Mas os últimos anos da prática, mostraram que o atendimento on-line é seguro. Existem programas extremamente seguros que impedem que a conversa "vaze" pela rede. 




A vida "perfeita" dos usuários do Facebook

Você já parou para pensar que todo mundo é feliz no facebook? Na rede social pode idealizar quem é e não se mostrar, pode criar um personagem de acordo com o que acredita que o outro espera de você, é possível esconder sentimentos e mostrar apenas o que se quer.Quando algo o desagrada, pode simplesmente sair ou parar a conversa e não precisa enfrentar situações desagradáveis ou pessoas que não deseja ter contato. É você quem controla a sua rede de amigos e o que as pessoas têm acesso, é uma falsa sensação de controle da própria vida.
O perigo é não conseguir mais se adequar a realidade e viver a virtualidade no dia a dia. “Os adolescentes fazem muito isso. Os amigos são mais virtuais. É comum na roda de amigos, cada um estar usando o seu celular, até conversam entre si e sequer se olham. Estão conectados, mas só que em si mesmos. 
Consequentemente,  pessoas perdem a capacidade de se comunicar de forma mais verdadeira, de falar e de pensar sobre o que sentem e querem, deixam de expressar seus sentimentos e de encontrar no outro alguém que está disposto a ouvir, a pensar junto sobre algo. 
Na avaliação da psicóloga os motivos mais comuns que levam as pessoas a criarem uma identidade idealizada nas redes sociais é não querer se expor, agradar ao outro e conquistar as pessoas, não em função do que se é, mas do que se acredita que o outro queira. Também existem casos que a pessoa quer se parecer com o que de fato gostaria de ser: bonito, corajoso, inteligente, comunicativo, com um senso de humor refinado, crítico e outras coisas valorizadas hoje em dia.
O conceito de felicidade não é uma tarefa simples, no entanto há perspectiva de que as pessoas podem se sentir felizes quando estão interagindo virtualmente. Neste sentindo, o sentimento de felicidade tem uma relação direta com o conceito de “liberdade” e “controle” sobre suas expressões (manifestações).
Fonte: Yahoo.com

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Depressão Pós-Parto


Esta doença pode chegar repentinamente, sem mandar aviso ou sinais e, muitas vezes, independentemente de a mulher ter tido uma gestação desejada ou não. Um estudo feito com dez mil norte-americanas mostrou que uma em cada sete mulheres é diagnosticada com esse tipo de depressão. Entre as que enfrentam tratamento, 19,5% já pensaram em se ferir. O suicídio é a segunda causa mais comum de morte da mulher no pós-parto.

Na maioria dos casos, os sintomas vão diminuindo com o passar do tempo e dificilmente extrapolam o primeiro ano após o nascimento do filho. Mas outro artigo científico, publicado este mês no jornal Harvard Review of Psichiatry, mostrou que de 30% a 50% das mulheres afetadas podem evoluir para um quadro de depressão de longo prazo. Algumas chegam a apresentar problemas até três anos depois do parto. O artigo é assinado por pesquisadores da Universidade de Leuven, na Bélgica, que fizeram uma revisão de 23 estudos sobre o problema publicados entre 1985 e 2012.
Por todos esses números consideráveis, é importante que a gestante se informe sobre a doença e esteja preparada para fazer um diagnóstico precoce, aumentando assim suas chances de recuperação. Porém, essa não é uma tarefa fácil e exige que as mulheres vençam uma série de barreiras para finalmente conseguir tratamento.
Como diagnosticar?

O primeiro obstáculo é reconhecer a doença e assumir que precisa de ajuda. Outro passo importante é saber diferenciar a depressão pós-parto de um problema mais leve e passageiro. Para 80% das novas mães, a primeira semana após o parto é marcada por instabilidade emocional, com sentimentos que variam da euforia à insegurança, o que muitas vezes se traduz em tristeza. Esse sentimento é chamado de baby blues e pode durar até 15 dias depois do parto.
Essa sensação ocorre por razões puramente biológicas. Durante a gravidez, a mulher está cheia de hormônios. Com o nascimento do bebê, há uma queda brusca dessas substâncias. Depois, quando ela vai para casa, está com um bebê novo, amamentando, com privação de sono. É normal a mulher enfrentar uma fase de adaptação. O problema é quando essa fase demora a passar.
Sintomas
Além da duração mais longa que o normal, a depressão pós-parto é caracterizada também por exacerbação de sentimentos como ansiedade, preocupação e medo, perda de interesse e prazer em fazer qualquer coisa, energia reduzida, falta de concentração, autoestima, sono e apetite. Em casos mais graves, a mulher chega a pensar em se machucar ou fazer mal ao bebê. 
Dores físicas e emocionais não são as únicas consequências da doença. A mulher com depressão pós-parto pode também demorar a construir um vínculo com seu filho. A mulher com depressão fica muito voltada para ela mesma e tem menos condições de cuidar do bebê do jeito que ele precisa. Outro extremo também acontece. Tão prejudicial para o bebê quanto a falta de cuidados é o excesso. .
Nos casos em que a doença se torna crônica, alguns estudos sugerem que ela pode ser prejudicial até para o desenvolvimento da criança, afetando negativamente as habilidades cognitivas, verbais e a aptidão para a escola.
Como tratar

É comum as mulheres só começarem a perceber os sintomas depressivos de dois a seis meses após o nascimento do bebê. Segundo Elito, isso geralmente acontece com a nova mãe, que tem dificuldade de aceitar que precisa de ajuda ou fica com medo de assumir que talvez não esteja em plenas condições de cuidar do filho. Muitas mulheres atribuem os sentimentos ao cansaço acumulado e acabam negligenciando o problema. Por isso, a família tem papel importantíssimo para ajudar no diagnóstico.
Caso seja necessário, o obstetra pode sugerir um acompanhamento com profissional específico. O uso de remédios antidepressivos não é proibido, embora ainda não se conheçam os efeitos sobre o bebê. O que os especialistas dizem é que há casos em que isso se faz necessário e que os medicamentos de última geração são mais seguros. O que deve ser sempre avaliado, entre médico e paciente, é o custo-benefício do tratamento com medicação.
Prevenir é possível
Para quem está pensando em engravidar e não quer enfrentar um problema como esse, saiba que a depressão pós-parto pode acontecer com qualquer mulher, mas existem alguns fatores de risco: histórico de depressão, prematuridade, reprodução assistida, estresse, problemas no relacionamento amoroso, frustração em relação ao parto e à chegada do bebê e a perda de um ente querido.
A própria gravidez pode favorecer o aparecimento da doença, já que é o momento de grandes mudanças na vida da mulher e do casal. A melhor prevenção é um ambiente acolhedor. Quanto mais segura, amparada e esclarecida a mulher estiver em relação a essa nova realidade, menor é a chance de ela desenvolver a doença.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Saude/noticia/2013/03/uma-em-cada-7-mulheres-tem-depressao-pos-parto-aponta-pesquisa.html







Como Identificar se o seu Filho precisa fazer Tratamento Psicológico

Diferentemente de um adulto, que é capaz de expressar frustrações, medo, insegurança e tristeza verbalmente, a criança pode demonstrar que precisa de ajuda apresentando alterações em seu comportamento e até sintomas físicos.
Abaixo seguem alguns indícios de que a criança precisa de ajuda profissional:

1) Tristeza ,muito choro ou mudança de comportamento
Crianças, geralmente, são cheias de vivacidade. Quando elas passam a chorar muito, a ficar quietas, a parecer meio tristes, é preciso conversar para saber o que não vai bem.

2)  Distúrbios físicos
Problemas na alimentação, no controle intestinal e no sono são comuns em crianças pequenas, de até cinco ou seis anos, que estão passando por problemas. Voltar a fazer xixi na cama todo dia, depois de ter aprendido a controlar há um bom tempo, também é um sinal. Em crianças mais velhas, esses distúrbios podem ocorrer e serem acompanhados de irritabilidade, agitação, ansiedade.

3) Ficar doente com muita frequência
Ficar doente frequentemente também é um sintoma corporal que precisa ser avaliado com mais cuidado pelos pais.

4) Compulsão na comida
Passar a comer compulsivamente é outro indício de que a criança pode dar de que algo não vai bem emocionalmente.

5) Dificuldade de interagir socialmente
Uma das causas mais comuns que levam os pais a recorrer a um psicólogo infantil é a falta de interação social que a criança pode apresentar. Ainda que muitas vezes em forma de timidez, o agravamento do quadro – em forma de problemas de comunicação verbal, interação social e criatividade – deve ser analisado. Além disso, outras características, como, por exemplo, a preferência por comidas pastosas e problemas com a textura e o cheiro dos alimentos, também devem ser levados em consideração e relatados ao médico.

6) Intolerância e agressividade
Crianças que tendem a fazer birra por tudo o que querem e que não lidam bem com o não, não necessariamente possuem algum distúrbio psicológico. No entanto, o psicólogo infantil pode auxiliar a detectar onde está o erro. Mas é bom se preparar: muitas vezes, a conclusão profissional é de que a falha está nos pais e na cultura de compensação. Os filhos tendem a ser reflexo de sua criação. Por isso, esteja preparado para receber orientações relacionadas ao seu comportamento que irão mudar o comportamento da criança.

7) Agitação e falta de concentração
A agitação frequente da criança deve ser investigada por um psicólogo infantil. Isso porque é frequente que muitos educadores apontem imediatamente para TDAH, sugerindo interferência medicamentosa nem sempre necessária.

8)  Dificuldade de aprendizagem 
É normal que nem todas as crianças aprendam na mesma velocidade e da mesma forma. Algumas aprendem a ler na escola, enquanto outras desenvolvem esta capacidade desde muito pequenas. Mas isto não significa que você não deva ficar atenta à aprendizagem de seu filho. Se ele tem muita dificuldade para desenvolver alguma atividade lógica ou demora muito para assimilar algum conteúdo, pode ser hora de procurar ajuda.
                                                  
Ajuda do pediatra
O pediatra que acompanha a criança pode ajudar os pais a analisarem a situação do filho com maior clareza.
O trabalho da Psicologia Infantil é baseado em atividades lúdicas, que servem para expressar as angústias, as fantasias e os sentimentos da criança. 

Fonte: Vivo Mais Saudável e Uol

Hipnose e Terapia Cognitivo Comportamental

Há comprovação científica de que a hipnose pode potencializar a terapia cognitivo-comportamental (TCC) em psicoterapia. A TCC se concentra...