Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V) o comportamento 
suicida inclui o suicídio consumado (um ato intencional de autoagressão que resulta em morte) e a tentativa de suicídio (um ato de autoagressão cuja 
intenção é a morte, que acaba não ocorrendo. Uma tentativa de suicídio 
pode ou não resultar em lesão). 
Pensamentos e planos suicidas são chamados de ideação suicida.
 
                O Movimento
 Setembro Amarelo é uma campanha brasileira com o objetivo de 
conscientizar a sociedade sobre os problemas relacionados ao 
suicídio e sua prevenção. Foi criada em 2015 pelo CVV (Centro de 
Valorização da Vida, CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP 
(Associação Brasileira de Psiquiatria). É importante lembrar que dados da OMS de suicídios, sao números e não representam a totalidade de tentativas de suicídio, pois, 
para cada suicídio que ocorre, estima-se que três outras tentativas são 
feitas, assim, muitas delas não se concluem.
 
                    A automutilação não suicida
 é também um ato de autoagressão que não tem o intuito de resultar em morte. 
Tais atos incluem a realização de arranhões nos braços, queimar a si 
mesmo com um cigarro e tomar uma dose excessiva de vitaminas. A 
automutilação não suicida pode ser uma maneira de reduzir a tensão ou 
pode ser um pedido de ajuda por parte de pessoas que ainda têm vontade 
de viver. Esses atos não devem ser menosprezados.
                       Informações sobre a taxa de suicídios são dadas, principalmente, 
por certidões de óbito e por investigações judiciais. A taxa real é 
provavelmente subestimada. Ainda assim, o comportamento suicida é um 
problema de saúde pública muito comum. O comportamento suicida ocorre em
 homens e mulheres de todas as idades, raças, crenças, níveis 
socioeconômicos e acadêmicos, e orientações sexuais. Não existe um 
perfil típico do suicida.   
                   As pesquisas são claras, e apontam que a
 taxa de suicídio entre homens no Brasil pode chegar a ser três ou 
quatro vezes maior que das mulheres, dependendo da região e de outros 
fatores. Isso faz com que, do total de mortes registradas por suicídios, cerca de 75% seja de homens.
 
                As tentativas de suicídio são maiores em mulheres, contudo os homens escolhem métodos mais violentos e letais para suas tentantivas, diminuindo as chances de se salvarem.  Além disso, evitam buscar ajuda, seja de psicólogos ou psiquiatras. Estima-se que mulheres costumam se recuperar psicologicamente mais rápido
 do que os homens, pois buscam ajuda de familiares e amigos. 
 
            Ainda existe o tabu de que os homens tem que ser fortes e evitar demonstrar 
emoções que indiquem sensibilidade. A
 busca por ajuda pode ser vista como 
inabilidade de lidar com seus próprios problemas e sua vida. Isso cria uma contradição com a norma social sobre como homens devem ser, sobre como homens devem agir ou se portar socialmente. Os homens também são vítimas do  conceito de 
masculinidade. Precisa seguir um padrão que já é previamente 
estabelecido, criando expectativas estritamente iguais em seres humanos 
completamente diferentes e individualmente complexos demais para serem 
enquadrados em qualquer tipo de padrão social. É impossível 
dizer que isso, por si só, é o que gera a superioridade numérica de 
suicídios nos homens, pois, como já vimos, o problema é complexo, e 
também é preciso levar o fator bioquímico em consideração. De qualquer 
forma, é válida a reflexão e a análise, já que especialistas no tema 
estão chegando a essas conclusões.        Estima-se que expectativa de vida de pessoas que cometem tentativa de suicídio é
 significativamente menor. A maior parte dessa redução na expectava de 
vida parece resultar de distúrbios físicos em vez do suicídio consumado 
que ocorre posteriormente.
            
        Aproximadamente uma em cada seis pessoas que cometem suicídio 
deixam um bilhete que, às vezes, dá pistas para as razões para essa 
atitude.
    Os comportamentos suicidas geralmente resultam da interação de vários fatores.
 
            
            
                A escolha do método normalmente é influenciada por fatores 
culturais e pelos meios disponíveis para cometer suicídio. Ele pode ou não refletir a seriedade da intenção. Alguns 
métodos (por exemplo, saltar de um edifício alto) implicam que seja 
praticamente impossível sobreviver, ao passo que outros métodos (como a 
superdosagem de medicamentos) deixam em aberto a possibilidade de 
socorro. Contudo, mesmo que uma pessoa utilize um método que não seja 
fatal, a intenção pode ter sido tão séria quanto a de uma pessoa que 
utilizou um método fatal.
 
    Mais frequentemente, as tentativas de suicídio envolvem 
superdosagem de medicamentos e autoenvenenamento. Métodos violentos, 
como disparo de armas ou enforcamento, são pouco comuns nas tentativas 
de suicídio, pois normalmente resultam em morte.
 
    A maioria dos suicídios consumados envolve o uso de armas 
de fogo. Homens usam esse método com mais frequência que as 
mulheres. Outros métodos incluem enforcamento, envenenamento, pular de 
grande altura e cortar-se. Alguns métodos, como dirigir um carro para 
jogar-se de um despenhadeiro, pode colocar outras pessoas em perigo. O envenenamento é responsável por aproximadamente 30% dos suicídios consumados ao redor do mundo.
            
        
O 
suicídio assistido ou eutanásia é um tema polêmico e proibido na maior parte do mundo. O auxílio do médico na morte refere-se à assistência fornecida 
por médicos a pessoas que desejam terminar suas vidas, devido a uma condição médica geral, onde não há cura para a sua doença ou por ser um doente terminal. Isso é muito 
controverso, pois contraria o objetivo usual do médico, que é 
preservar a
 vida. No entanto, auxílio do médico para morrer é legal em alguns Estados dos EUA, na Suíça, Alemanha, Japão e Canadá. No restante
 dos países os médicos podem proporcionar um tratamento para 
minimizar o sofrimento físico e emocional, mas não podem acelerar a 
morte intencionalmente. 
  
Fontes:  Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
  
    Conselho Federal de Psicologia Conselho Federal de Psicologia, O 
suicídio e os desafios para a psicologia. Brasília: CFP. Acesso em 28 de
 outubro de 2015 em: 
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf.