quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Artigo - Fobia de Dirigir

Psicoterapia Cognitivo-Comportamental Aplicada à Fobia de Dirigir
Elisa Sant’Anna Martins 1.



RESUMO


A fobia de específica de dirigir corresponde a um transtorno de ansiedade que há tempos vem sendo estudada pelos profissionais da área da saúde mental, devido ao grande número de indivíduos acometidos pelo problema. Neste artigo, serão descritas as causas e tratamentos dessa fobia sob o enfoque da psicologia cognitivo-comportamental, pois a mesma tem sido amplamente utilizada nos tratamentos, por mostrar eficácia num prazo curto de tempo. Serão abordadas técnicas cognitivas e comportamentais no tratamento como a dessensibilização sistemática, exposição ao vivo, reestruturação cognitiva, entre outras.

Palavras–chave: Transtornos de ansiedade, fobia de dirigir, terapia cognitivo-comportamental, técnicas de modificação do comportamento.

INTRODUÇÃO

A terapia cognitivo-comportamental (TCC), constitui-se de uma intervenção direta, objetiva e orientada para as metas, enfocando os fatores cognitivos e comportamentais no tratamento dos transtornos de ansiedade. Esta abordagem psicológica há tempos tem proposto e divulgado diversas técnicas no tratamento das fobias.
Segundo Bernik e Lotufo-Neto apud Gentil e Lotufo-Neto (1996), foi somente a partir de 1870 que surgiram descrições acuradas a respeito dos quadros fóbicos, iniciado pela contribuição de Westphal sobre agorafobia. Contudo, foi somente no ano de 1947 que receberam diagnósticos próprios na Classificação Internacional de Doenças (CID) e no ano de 1952 na Classificação da Associação Psiquiátrica Americana (DSM).
De acordo com os autores, Marks em 1970 classificou os quadros fóbicos em agorafobia, fobia social e fobias específicas. Esta classificação foi utilizada na DSM-III, DSM-IIIR e no CID-X.
Costa e Lanna apud Rangé (2001), salientam que diversos estudos demonstram que as fobias específicas são os problemas mais comuns na área dos transtornos fóbicos.
Já Buchalla (2003) sustenta que duas de cada dez pessoas estão propensas a desenvolver algum tipo de fobia.
Cordioli e Teruchkin (2004) afirmam que a fobia corresponde a um medo persistente, desproporcional e irracional de objetos, situações ou atividades que não são perigosas, mesmo a pessoa sabendo que o seu medo não é justificado.
Marks apud Cordioli e Teruchkin (2004), dividiu as fobias em dois grupos:
· Fobias a estímulos externos: agorafobia, fobia social, fobia a animais e a outros estímulos específicos;
· Fobias a estímulos internos: fobias de doenças e fobias obsessivas como o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
De acordo com o DSM-IV-TR (2002), existem subtipos específicos que indicam o foco do medo da fobia específica. São eles:
· Tipo animal: medo de animais ou insetos podendo se iniciar na infância;
· Tipo ambiente natural: medo de objetos ou situações do ambiente natural como tempestades, água, etc., podendo se iniciar na infância;
· Tipo sangue (injeção/ferimentos): medo de ver sangue, ferimentos ou por temer a se submeter a procedimentos médicos;
· Tipo situacional: o medo é causado por uma situação específica, como andar de elevador, transportes coletivos, dirigir, permanecer em locais fechados, etc. Ele tem distribuição bimodal de idade de início, com pico na infância e outro na metade da faixa dos 20 anos de idade;
· Outro tipo: medo de outros estímulos como asfixia, vômitos, contrair doenças, etc.
O DSM-IV-TR (2002) ainda estabelece critérios diagnósticos para a fobia específica como:
a) Medo acentuado persistente ou irracional desencadeado pela presença ou antecipação do objeto fóbico;
b) A exposição ao estímulo fóbico provoca uma resposta de alta ansiedade, podendo se tornar Ataques de Pânico ligado à situação fóbica;
c) O indivíduo reconhece que o medo é excessivo e irracional;
d) A situação fóbica é evitada com muita ansiedade e sofrimento;
e) A recusa, a antecipação ansiosa e o sofrimento interfere significativamente na rotina normal do indivíduo;
f) Em indivíduos com menos de 18 anos, a duração mínima é de seis meses;
g) A ansiedade, os ataques de pânico ou a esquiva fóbica associados com o objeto ou situação específica não são explicados por outro transtorno mental como: Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Transtorno de Ansiedade de Separação, Fobia Social, Transtorno de Pânico com Agorafobia ou Agorafobia Sem Histórico de Transtorno de Pânico.
Com relação à fobia específica de dirigir, Vieira (2004) defende que a enfermidade começou a ser estudada em meados dos anos 70 e atualmente é tratada em clínicas de psicologia e auto-escolas especializadas.
Prado e Carvalho (2004) defendem que o medo de dirigir pode estar vinculado a alguns motivos como:
· Trauma psicológico: alguma experiência traumática com acidentes de trânsito;
· Problemas emocionais: baixa auto-estima, insegurança, ansiedade, angústia e timidez;
· Pouco conhecimento acerca do funcionamento do veículo;
· Falha no sistema de trânsito.
Os autores indicam que a fobia de dirigir aparece na hora em que a pessoa precisa conduzir o seu veículo. Neste momento, ela desencadeia a ansiedade apresentando sintomas fisiológicos como sudorese, alteração da respiração, aceleração cardíaca, etc., comprometendo suas funções psicológicas no ato de dirigir, imobilizando-a.
Ballone (2004) afirma que ainda não se sabe a origem das fobias, podendo estar envolvidas heranças genéticas dos traços ansiosos de personalidade, aprendizagem das reações frente ao perigo e alterações dos neurotransmissores.



ETIOLOGIA



Segundo a abordagem comportamental, a etiologia das fobias não é conhecida e com isso, considera-se que sejam medos aprendidos, obedecendo a processos de aprendizagem (Costa e Lanna apud Rangé, 2001).
Os autores citados, estudos demonstraram que algumas pessoas podem se condicionar mais lentamente que outras nas fobias, afinal podem ser sujeitos introvertidos, com altos graus de neuroticismo e dependentes.
Cordioli e Teruchkin (2004) descrevem que o modelo comportamental considera as fobias como medos aprendidos por condicionamento ou por transmissão de informações ou instruções. Já de acordo com a abordagem cognitiva, a ansiedade se dá por conseqüência da avaliação errada feita pelas pessoas da ameaça e perigo frente às situações ou estímulos e os recursos que possuem para enfrentá-los. Com isso, são evocados pensamentos automáticos de natureza catastróficos tomados como verdadeiros.


TRATAMENTO PSICOTERÁPICO


Na avaliação para o tratamento da fobia de dirigir, deve-se determinar a natureza do transtorno e a motivação para a psicoterapia e definir metas.
Como a fobia é um medo aprendido, na psicoterapia o fóbico vai “desaprender” o medo.
Na técnica da psicologia comportamental, utiliza-se a dessensibilização sistemática (DS), na qual o paciente é treinado com técnicas de relaxamento no consultório a vivenciar o medo numa seqüência de situações que produzem a fobia em graus crescentes, associado ao relaxamento muscular (Costa e Lanna apud Range, 2001).
Segundo os autores com a DS, utiliza-se a exposição ao imaginário, expondo ao paciente de maneira lenta e repetidas vezes, estímulos que desencadeiam respostas de ansiedade. Na exposição ao vivo, não há relaxamento, podendo em algumas situações utiliza-se de técnicas de respiração como a diafragmática. Nesta exposição o terapeuta juntamente com o paciente elabora uma escala hierárquica da situação da fobia, a partir do menor para o maior grau de ansiedade.
No caso da fobia de dirigir, é feita uma escala das situações ansiogências até as mais altas e insuportáveis ao paciente. Após é aplicado a DS com técnicas de relaxamento expondo ao imaginário situações frente a ansiedade de dirigir das suportáveis para as mais insuportáveis. Após esta etapa, faz-se a DS com a exposição ao vivo, real, levando o paciente até o carro e vivenciando a fobia.
Na técnica da psicologia cognitiva, é elaborada a reestruturação cognitiva com o intuito de fazer o paciente identificar os pensamentos distorcidos e substituí-los por pensamentos reais e objetivos acerca da fobia específica. São modificados valores e crenças do sujeito.
Neste caso, o paciente registra os pensamentos disfuncionais e as reações psicológicas e fisiológicas evocadas quando entra no carro e tem que dirigir. Após isso, trabalha-se em consultório questionando a veracidade dessas crenças irreais.
Salienta-se ainda que quando o paciente começa a perceber que é capaz de tolerar altos níveis de ansiedade sem se tornar incapacitado, pode aumentar seu autocontrole e desta forma diminuir a fobia.
Cordioli e Teruchkin (2004) indicam que o tratamento na fobia é breve, podendo variar de um a três meses, dependendo da relação terapêutica. As sessões devem ser semanais no início do tratamento e com o decorrer do processo psicoterápico, obedecer a espaços quinzenais e mensais como as sessões de reforço e prevenção da recaída.
Stringuetto e Castellón (2004) sustentam que deve-se aliar medicamentos como os antidepressivos quando a fobia está associada a quadros de depressão.
O tratamento baseado na abordagem cognitivo-comportamental tem sucesso em até 80% dos casos em apenas três meses de psicoterapia (Buchalla, 2003).


CONCLUSÃO


Sabe-se que é cada vez maior o número de pessoas que sofrem de transtornos de ansiedade, podendo desencadear fobias específicas como a de dirigir. Essa fobia comum atinge de igual forma pessoas de qualquer status intelectual, social e econômico.
Constata-se que em geral as pessoas só procuram ajuda quando se sentem incapazes de enfrentar sozinhas o problema, pois nos estágios iniciais, o medo parece tão absurdo que tentam vencê-lo por meio da razão.
Também outro fator que pode agravar o desenvolvimento da fobia é que a família e os amigos tendem a ridicularizar o comportamento fóbico.
Nos seres humanos as respostas de medo são acompanhadas por sintomas internos desagradáveis que funcionam como proteção ao perigo. A fobia de dirigir pode provocar atitudes características que podem ser observadas e descritas, tornando-se mais fácil a identificação do foco necessária ao tratamento psicoterápico.
Se a fobia de dirigir não receber intervenção adequada, o transtorno pode tornar-se presença constante. Assim, se o indivíduo não aprender a exercer controle rigoroso de seus pensamentos acerca dos perigos de dirigir, o medo se estenderá e ocupará momentos de vigília e até de sono.
Com isso, conclui-se que é muito difícil vencer o medo apenas pela força de vontade, sem ajuda especializada. Portanto, no momento em que o indivíduo admite que precisa de auxílio psicológico, está apto a enfrentar o tratamento, obter sucesso e conseguir superar o trauma.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BALLONE, G. J. Medos e Fobias & Outros Bichos. In: PsiqWeb Psiquiatria Geral, Internet. Disponível em . Extraído em 16/03/2004.
BERNIK, M. A., LOTUFO-NETO, F. Transtornos Fóbicos – Ansiosos. In: GENTIL FILHO, V. & LOTUFO-NETO, F. Pânicos, Fobias e Obsessões. São Paulo: Edusp, 1996.
BUCHALLA, A.P. Você Tem Medo de Quê? Revista Veja. São Paulo: Abril. 05. nov. 2003.
CORDIOLI, A.V., TERUCHKIN, B. Fobias Específicas: terapia cognitivo-comportamental. Internet. Disponível em . Extraído em 16/03/2004.
COSTA, M.R.S, LANNA, A. Fobias Específicas. In: RANGÉ, B. Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. Porto Alegre: Artmed, 2001.
DSM-IV-TR. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2002.
PRADO, M.M.M., CARVALHO, R.C.A.L. Fobia e Trânsito. Internet. . Extraído em 16/03/2004.
STRINGUETO, K., CASTELLÓN, L. Você Tem Medo de Quê? Revista Isto É. São Paulo: Três Editorial. nº 1586. 23. fev. 2000.
VIEIRA, J.L. Meu Inimigo, O Carro. Revista Época. São Paulo, Globo. ed. 59. 05.set.1999.

Nota:
1. Psicóloga. Capacitação para Psicólogo Perito Examinador de Trânsito. Núcleo de Psicologia do Trânsito e Transporte (PSITRANS). Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: elisasmartins@hotmail.com.

Indicações para Acupuntura e Massoterapia






Afecções físicas
  • Distensão muscular: Alívio da dor e desaparecimento dos sintomas em 82% dos casos
  • Dor cervical: Eficácia em 67% dos casos
  • Pescoço rígido: Cura obtida em 80% dos casos após 1 sessão
  • Dor aguda na coluna: Melhora imediata da dor, aumento significativo na flexão -extensão das costas, ganho na condição de manter o corpo ereto
  • Dor lombar: Eficácia em 72% dos casos (superior à medicação convencional)
  • Ciática - Acupuntura distal com agulha superficial: eficácia em 72% dos casos, acupuntura local com agulha profunda: eficácia em 96% dos casos
  • Inflamação no tórax e costelas: Cura obtida em 65% dos casos
  • Dor no joelho - Eletro-acupuntura: alivio completo da dor em 65% dos casos
  • “Cotovelo de tenista”: Eficácia em 62% dos casos e alívio da dor em 80% após a 1 sessão
  • Periartrite no ombro: Cura obtida em 66% dos casos
  • Fibromialgia: Melhora significativa
  • Fascite na planta do pé: Melhora significativa
  • Osteoartrite: Eficácia em 61% dos casos (superior à medicação convencional)
  • Artrite reumatóide: Acupuntura com alívio da dor e melhora dos sintomas gerais em 65% dos casos e eletro-acupuntura com alívio da dor em 90% dos casos
  • Gota/artrite: Melhora em 100% dos casos e redução do ácido úrico similar à medicação convencional
Afecções de pele
  • Acne: Shiatsu / tuina: a acne desapareceu em 42% dos casos após 30 dias de tratamento. Acupuntura - a acne desapareceu em 59% dos casos após 10 dias de tratamento
  • Eczema: Melhora razoável
  • Irritação na pele: Melhora significativa
  • Micose: Desaparecimento em 53% dos casos após 3 meses (eficácia superior ao tratamento com vitaminas C e E)
  • Herpes zoster: Desapareceram a dor após 1,5 a 6 dias
  • Psoriasis vulgar: Cura obtida em 85% dos casos
Afecções no pulmão e vias respiratórias
  • Gripe comum: Melhora razoável
  • Dor de garganta: Melhora em 90% dos casos
  • Amidalite: Alívio significativo da dor e da febre
  • Rinite alérgica: Eficácia em 97% dos casos (superior e mais duradoura que a medicação convencional)
  • Bronquite aguda: Melhora significativa
  • Asma: Efeito antiasmático em 93% dos casos e maior ventilação pulmonar em 68% dos casos
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica: Melhora significativa após 3 semanas
Afecções no coração
  • Hipertensão: Eficácia similar à medicação convencional, mas sem efeitos colaterais
  • Hipotensão: A pressão foi normalizada em 95% dos casos
  • Doença coronariana e angina: Melhora dos sintomas 85% dos casos, melhora na dor em 74% dos casos e melhora no eletrocardiograma em 69% dos casos
  • Doença cárdio-pulmonar crônica: Eficácia em 90% dos casos
  • Neurose cardíaca: Eficácia superior à medicação convencional
Afecções no fígado e vesícula biliar
  • Cólica biliar - Eletro-acupuntura: eficácia em 7 2% dos casos e acupuntura com eficácia em 94% dos casos
  • Cálculo na vesícula biliar: Cura obtida e melhoria das funções biliares em 92% dos casos
  • Hepatite B (vírus portador): O vírus ficou negativo em 30% dos casos, o organismo produziu anticorpos em 50% dos casos
Afecções no estômago e intestinos
  • Dor abdominal Shiatsu/tuina: melhora em 96% dos casos após 1.3min e com acupuntura, melhora em 98% dos casos
  • Cólica estomacal: Alívio da dor em 98% dos casos
  • Cólica intestinal: Alívio da dor em 98% dos casos
  • Espasmo gastro-intestinal: Alívio da dor em 98% dos casos após 30 min
  • Soluços: Melhora significativa
  • Náuseas e vômitos com eletro-acupuntura tem eficácia similar à medicação e somente com acupuntura, há eficácia em 90% dos casos. Com magneto-acupuntura há eficácia em 93% dos casos. Com moxabustão, há eficácia em 98% dos casos
  • Diarréia: Melhora significativa
  • Constipação: Melhora significativa
  • Hiperacidez no estômago: Eficácia em 95% dos casos
  • Gastrite crônica: Melhora significativa
  • Úlcera Acupressura: eficácia em 80% dos casos e acupuntura com eficácia em 97% dos casos
  • Cólon irritado: Melhora significativa em 93% dos casos
  • Enterite (inflamação bacteriana no intestino): Cura obtida em 87% dos casos
  • Hemorróidas (Moxabustão): cura obtida em 77% dos casos
Afecções no rins
  • Cólica renal: Alívio da dor em 100% dos casos
  • Cálculo renal com Eletro-acupuntura: pedras expelidas em 78% dos casos e somente com acupuntura, a cura é obtida em 90% dos casos
  • Retenção urinária traumática: Eficácia superior à medicação convencional
  • Incontinência: Melhora significativa
  • Desobstrução do trato urinário: Melhora em 85% dos casos
Afecções do sistema circulatório
  • Síndrome de raynaud (mãos e pés frios): Melhora significativa e aumento considerável do fluxo sanguíneo
  • Flebite: Melhora significativa
  • Dor em tromboangite: Eficácia em 93% dos casos
  • Excesso de gordura no sangue: Diminuição em 90% dos casos
Afecções do sistema nervoso
  • Enxaqueca: Eficácia em 80% dos casos
  • Tontura: Eficácia em 75% dos casos
  • Neuralgia do trigêmeo: Efeito analgésico em 100% dos casos
  • Neuralgia (dor dos nervos): Efeito analgésico em 100% dos casos
  • Dor radicular (raízes dos nervos) - Laser-acupuntura: melhora significativa
  • Distrofia reflexa do simpático: Melhora razoável
  • Lesão crânio-cerebral: Cura obtida em 86% dos casos
  • Arteriosclerose - Eletro-acupuntura: aumento da memória, da inteligência e da capacidade de cuidar de si mesmo em 68% dos casos
  • Coma: Recuperação em 59% dos casos
  • AVC - seqüela hemiplegia: Recuperação em 66% dos casos
  • AVC - seqüela perda da força muscular: Recuperação em 75% dos casos
  • AVC - seqüela desvio da boca e paralisia da fala: Recuperação em 76% dos casos
  • AVC - seqüela dificuldade de articular palavras: Eficácia em 90% dos casos
  • Paralisia facial: Cura obtida em 77% dos casos, acupuntura c/ transfixação de pontos: cura obtida em 91% dos casos e acupuntura c/ sangria: cura obtida em 96% dos casos

Afecções do sistema endócrino


  • Obesidade: Supressão do apetite em 95% dos casos
  • Diabetes mellitus: Redução do açúcar do sangue em 20% dos casos
Afecções dos órgãos dos sentidos
  • Sensibilidade nos olhos: Melhora em 50% dos casos
  • Dor nos olhos: Eliminação da dor em 90% dos casos
  • Secura nos olhos: Aumento significativo dos fluidos dos olhos
  • Conjuntivite: Melhora razoável
  • Vista turva: Cura obtida em 50% dos casos
  • Ataque súbito de surdez: Eficácia em 90% dos casos após 2 semanas
  • Zumbido no ouvido: Eficácia em 23% dos casos (superior à medicação convencional
  • Sangramento nasal: Cura obtida em 85% dos casos
  • Sinusite e obstrução nasal: Melhora significativa
  • Excesso de salivação: Diminuição da saliva em 97% dos casos
  • Falta de salivação: Aumento significativo da saliva
  • Inflamação na gengiva: Melhora razoável
  • Dor de dente pós-tratamento: Efeito analgésico com duração de 24 a 48 horas
  • Dor de dente pós-cirurgia: Efeito analgésico com duração de 2 a 3 horas
  • Dor de dente após extração: Melhora significativa
Afecções da cabeça
  • Dor de cabeça: Shiatsu / tuina - alívio imediato em 48% dos casos e acupuntura: alívio imediato em 66% dos casos. Com eletro-acupuntura, alívio imediato em 80% dos casos e diminuição da freqüência em 50% dos casos
  • Dor crânio-mandibular: eficácia similar ao tratamento convencional
  • Disfunção da ATM: Eficácia similar ao tratamento convencional
  • Espasmo facial: Shiatsu/tuina com eficácia em 40% dos casos e acupuntura com eficácia em 70% dos casos
Afecções psíquicas e psicossomáticas
  • Depressão: Eficácia similar à medicação convencional, mas sem efeitos colaterais
  • Ansiedade: Eficácia superior à medicação convencional
  • Insônia: O sono foi totalmente normalizado em 98% dos casos
  • Síndrome do stress competitivo: Eficácia em 93% dos casos
  • Esquizofrenia Laser-acupuntura: eficácia superior à da medicação convencional (78% dos casos)
  • Retardo mental: Aumento de 21% no quocient e de inteligência e aumento de 18% na adaptatividade social
Afecções masculinas
  • Impotência sexual (não orgânica): Eficácia em 60% dos casos
  • Ejaculação precoce: Eficácia em 83% dos casos
  • Inflamação na próstata: Alívio dos sintomas e melhora das funções sexuais superior à medicação convencional
Afecções femininas
  • TPM: Alívio completo dos sintomas, sem recorrência por 6 meses, em 92% dos casos
  • Dor menstrual: Melhora em 91% dos casos
  • Cistite: Moxa + shiatsu / tuina com eficácia em 88% dos casos após 1 a 2 meses de
    tratamento
  • Obstrução da trompa: Cura obtida em 81% dos casos
  • Policistos no ovário: Cura obtida em 94% dos casos
  • Infertilidade: Eficácia em 75% dos casos
  • Menopausa: Massagem + ventosa com eficácia em 77% dos casos
Gestação e amamentação
  • Enjôo: Acupressura com melhora em 20% dos casos, acupuntura com melhora em 69% dos casos, moxa com melhora em 97% dos casos
  • Correção da posição do feto: Moxa com eficácia em 93% dos casos (aumenta atividade fetal e encaixa a cabeça do bebê)
  • Indução ao parto: A dilatação do útero foi similar à oxitocina, as contrações uterinas foram inferiores à oxitocina
  • Dor do parto: Efeito analgésico considerado bom
  • Lactação deficiente: Eletro-acupuntura com aumento da lactação em 92% dos casos
Afecções infantis

  • Diarréia: 1 dia de tratamento com cura em 82% dos casos e 3 dias de tratamento com cura em 98% dos casos
  • Coqueluche: Cura obtida em 98% dos casos
  • Convulsão: Convulsões cessaram em 98% dos casos após 2 min de se colocar as agulhas
  • Obesidade infantil: Redução significativa dos níveis de gordura, glicose, hidrocortisona e tri-iodotironina
Dependência química
  • Álcool: Diminui a necessidade de ingerir álcool
  • Fumo: Aumento na vontade de não fumar em 13 % dos casos, redução no hábito de fumar em 20% dos casos e redução no prazer de fumar em 70% dos casos
  • Cocaína: Diminuição dos sintomas da abstinência em 44% dos casos
  • Heroína: Diminuição dos sintomas da abstinência (anorexia, suor espontâneo e insônia) e redução da freqüência do uso de heroína
  • Desintoxicação de álcool: Redução do álcool no sangue
  • Desintoxicação de tabaco: Redução da concentração de nicotina
Pós-operatório
  • Convalência: Efeito analgésico superior e mais rápido que a medicação convencional
  • Mal-estar e vômitos - Eletro-acupuntura: efeito inferior à medicação convencional (50% dos casos) e acupuntura com efeito similar à medicação convencional (90% dos casos)
  • Cirurgia de amídalas: Alívio significativo da dor e da salivação e acelera a cicatrização
  • Cirurgia de hemorróidas Melhora da dor e do desconforto em 77% dos casos
  • Cirurgia cerebral: Cura dos sintomas em 86% dos casos
  • Dor do pós-operatório: Reduz pela metade a quantidade de analgésicos narcóticos (ex. Morfina)
Câncer
  • Reações adversas ao tratamento de radioterapia e/ou quimioterapia - Náuseas, vômitos e falta de apetite foram eliminadas em 93% dos casos, tontura e cansaço foram minimizadas consideravelmente
  • Perda de leucócitos: Acupuntura: aumento dos leucócitos em 87% dos casos, moxa com aumento dos leucócitos em 90% dos casos
  • Dor causada por câncer: Analgesia imediata com efeito em 70% dos casos (similar à medicação convencional) e analgesia prolongada: efeito em 92% dos casos (superior à medicação convencional)
FONTE: Acupuncture:Review and analysis of reports on controlled clinical trials - OMS (Organização Mundial de Saúde). Extraído de: http://acupuntura.pro.br/oms/doencas-trataveis/

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Acupuntura Auricular ou Auriculoacupuntura


A Acupuntura Auricular é uma das terapias que funcionam através da energia vital que circula no corpo, por meio de um processo conhecido como meridianos, que estão distribuídos pelo corpo humano e estabelecem conexão com as orelhas, que por sua vez, se relacionam com todas as partes do corpo e dos órgãos internos via cérebro.
A Acupuntura Auricular é um poderoso instrumento no tratamento de diversas doenças, como: dores provocadas por reumatismos, enxaquecas, dores de coluna, contusões, cólicas menstruais, inflamações de quaisquer natureza, alívio de dores em geral, apoio contra o tabagismo, no emagrecimento e a insônia, restabelece o equilíbrio do organismo para a manutenção da saúde. Os resultados obtidos são rápidos e eficientes, pois ao tratarmos os pontos auriculares, estamos estimulando o próprio organismo a se curar, fazendo com que ele produza substâncias que venham restabelecer o equilíbrio do organismo, resultando na recuperação da saúde.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Florais Australianos - Sistema Bush



As Essências Florais do Bush Australiano – as Bush Flower Essences of Austrália – produzidas por Ian White, nasceram na década de 80.
Uma das coisas mais incríveis a respeito das essências florais são as bênçãos de flores endêmicas (endêmicas significa que só crescem naquele lugar) de locais tão difíceis de se alcançar como as altas montanhas da Serra Nevada na Califórnia, ou o Deserto da Austrália, ou as remotas áreas do longínquo Alaska, se fazem ao nosso alcance através das Essências Florais. Além das essências florais da Austrália nesses últimos anos, Ian White preparou e pesquisou novas essências que ele chama de White Light Essences. Essas novas essências são uma captação das forças espirituais existentes em determinados locais do mundo como Matchu pitchu no Peru, Ilha de Iona na Escócia, a formação rochosa dos Katajutas na Austrália Central, e de outros lugares considerados igualmente sagrados.

Acupuntura Estética



Tratamento estético costuma ser sinônimo de sofrimento. Vermelhidão e descamação da pele, impedimento da exposição ao sol, longos períodos de cicatrização e recuperação. O que pouca gente sabe é que, para evitar o desconforto, existe uma opção eficaz, praticamente indolor e livre de efeitos colaterais. É a acupuntura estética. O lado estético da técnica, apesar de não muito difundido no Brasil, é utilizado há bastante tempo. O tratamento, indicado para rugas, flacidez, olheiras, celulites, gordura localizada, manchas e cicatrizes, é feito da mesma maneira que as sessões de acupuntura para doenças. Com agulhas ou com laser, o especialista estimula pontos de energia do corpo que não estão em harmonia. A principal diferença dos tratamentos comuns, além de não necessitar tempo de recuperação, é que a acupuntura considera o paciente como um todo. Por exemplo: celulite pode ser um indicativo de problemas com a energia do fígado. O tratamento da energia traz, por isso, benefícios internos e aparentes, com resultados animadores. As rugas, ligadas ao envelhecimento, podem ser sinal de desarmonia dos músculos da face. A acupuntura atua harmonizando essa musculatura, provoca renovação e retorno da elasticidade da pele. E isso sem contar no tratamento de gordura localizada, que pode substituir uma lipoescultura simples.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

História da Acupuntura


A origem histórica da acupuntura não é conhecida, embora a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheça nela um dos mais antigos instrumentos terapêuticos do planeta. Conhecemos dela uma pequena fração de tempo, em relação ao todo que compõe sua história, somente cinco mil anos. Achados arqueológicos levam-nos a crer que entre 28 e 30 séculos antes de Cristo teria existido um imperador chinês conhecido pelo nome de Hoang Ti, verdadeiro representante da divindade segundo a antiga crença chinesa. Esse imperador ficou imortalizado pelo nome de Imperador Amarelo. Segundo a lenda, teria ele pedido ao mestre taoísta Ki Pa (Qi Po) que escrevesse e colocasse em um livro todos os conhecimentos adquiridos pelo homem até aquele momento sobre a saúde. Tal livro ficou conhecido como Nei King - livro das doenças internas. Este foi organizado em duas partes: parte prática (Souen) e a parte teórica (Ling Shu). Este livro sobreviveu ao tempo e até hoje serve de consulta obrigatória aos profissionais acupuntores. Esse instrumento terapêutico, pela sua efetiva resposta, até hoje vem intrigando a ciência, que só foi capaz de confirmar a grande eficácia e eficiência da acupuntura. Embora antigo, esse método só foi amplamente conhecido e divulgado no Ocidente em dois momentos distintos. O primeiro, nos meios acadêmicos, ocorreu na década de 1920, quando foi publicado pelo cônsul francês Soliè de Morant um tratado de acupuntura chamado Traité de Acupunctura. A obra descreve detalhadamente a teoria e os métodos utilizados pela medicina chinesa. Em 1972, a China e os Estados Unidos selaram acordo diplomático que foi assinado pelo do presidente Nixon em visita àquele país. Entre os convidados do presidente norte-americano, havia um em especial para a história da acupuntura - o editor-chefe do New York Times. Esse jornalista, depois de uma cirurgia de emergência, com pós-operatório difícil, obteve grande alívio para seus incômodos por meio da acupuntura. Maravilhado com os resultados obtidos, ao retornar ao Ocidente, escreveu longo editorial com várias páginas sobre a acupuntura no diário New York Times. Embora a própria palavra acupuntura tivesse sido criada pelos jesuítas (acms ms agulha; ponto e pinctura se; picada, logo, acmspinctura ou acupuntura), esta somente ficou conhecida amplamente pelas sociedades Ocidentais a partir desses acontecimentos.

Psicologia e Psicoterapia



O Psicólogo é um profissional com formação em Psicologia, que auxilia as pessoas a identificarem seus conflitos, encontrando estratégias para lidar com eles.
A Psicoterapia implica num tratamento, na qual há troca de informações entre o terapeuta e o paciente.

O que é e para que serve a Terapia Cognitivo-Comportamental?

A terapia cognitivo-comportamental é focada no presente e orientada para a resolução de problemas (problemas atuais). Nela aprende-se habilidades específicas que podem ser usadas para o resto da vida, afinal visam a identificação dos pensamentos distorcidos, modificar crenças e mudar comportamentos. A eliminação dos sintomas se dá por meio de técnicas cognitivas e comportamentais.
De acordo com a Terapia Cognitiva os indivíduos atribuem significado a acontecimentos, pessoas, sentimentos e demais aspectos de sua vida, com base nisso comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade. As pessoas reagem de formas variadas a uma situação específica podendo chegar a conclusões também variadas.

O mundo é considerado como constituinte de uma série de eventos que podem ser classificados como neutros, positivos e negativos, no entanto a avaliação cognitiva que o sujeito faz destes acontecimentos é o que determina o tipo de resposta que será dada na forma de sentimentos e comportamentos.

O ponto de partida do tratamento é a fonte de sofrimento do cliente, ou seja, a partir das distorções que estão ocorrendo na forma do sujeito avaliar a si mesmo e ao mundo. Denominam-se “esquemas” a base para a avaliação das experiências. As estruturas cognitivas organizam-se em níveis nos quais os esquemas encontram-se no núcleo. Durante a terapia procura-se explorar cada um destes níveis de organização, partindo dos pensamentos automáticos até chegar ao sistema de crenças do sujeito. Então as crenças são testadas a partir de argumentos e propostas de exercícios que o paciente realizará durante a terapia e em demais contextos.

Um dos objetivos da TCC é corrigir as distorções cognitivas que estão gerando problemas ao indivíduo e fazer com que este desenvolva meios eficazes para enfrentá-los. Para tanto são utilizadas técnicas cognitivas que buscam identificar os pensamentos automáticos, testar estes pensamentos e substituir as distorções cognitivas. As técnicas comportamentais são empregadas para modificar condutas inadequadas relacionadas com o transtorno psiquiátrico em questão.

O processo de coleta de dados a respeito de uma pessoa inicia-se normalmente com uma série de entrevistas posteriormente complementadas com instrumentos padronizados de avaliação e medida.

O terapeuta deve procurar formas de, durante as entrevistas iniciais, poder ir identificando ou, pelo menos, levantando hipóteses sobre quais são os problemas atuais, como se desenvolveram e como são mantidos; que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados a estas situações e quais são as reações emocionais, fisiológicas e comportamentais relacionadas ao pensamento; que experiências passadas contribuem para seu problema atual; que regras ou suposições podem estar subjacentes ao pensamento; que estratégias – cognitivas, afetivas e comportamentais – têm sido utilizadas para lidar com as crenças disfuncionais; e que eventos estressores contribuíram para o surgimento do problema ou inibiram o funcionamento das estratégias adaptativas.

Investigação Cognitiva
· História de Vida
· Origem e Desenvolvimento das Crenças
· Crenças Centrais e Intermediárias
· Que experiências contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da crença central?
· Qual é a crença mais central sobre si mesmo?
· Que suposição positiva o ajudou a lidar com a crença central?
· Qual é a contraparte negativa para essa suposição?
· Estratégias Comportamentais
· Que comportamentos o ajudam a lidar com a crença?
· O que o cliente fez então?
· Lista de Problemas
· Fatores Precipitantes e Situações Ativadoras
· Medidas Padronizadas e Complementares
· Hipóteses Diagnósticas e de Trabalho
· Metas e Intervenções

A visão teórica sobre certas características da personalidade e da conduta e sobre seus distúrbios separa a abordagem racional-emotiva, no referente a pontos significativos, da teoria subjacente à maior parte das outras abordagens à psicoterapia.
Definida como "pensamento e comportamento irracionais", a neurose é um estado natural do homem, que aflige a todos em certo grau. Este estado encontra-se profundamente inquietado, simplesmente porque somos seres humanos e vivemos com outros seres humanos, em sociedade.
Os fenômenos psicopatológicos são originalmente aprendidos e agravados pela inscrição de crenças irracionais dos outros significativos durante a infância. No entanto, nós mesmos reincutimos as falsas crenças de forma ativa, por meio de processos de auto-sugestão e auto-repetição. Assim, deve-se em grande parte à nossa própria repetição de pensamentos irracionais, objeto de reedoutrinação precoce, mais do que à repetição por parte dos pais, o fato de se manterem vivas e atuantes, dentro de nós, atitudes disfuncionais.
A terapia argumenta que as pessoas não necessitam ser aceitas e amadas, muito embora isto seja algo a desejar. O terapeuta ensina ao cliente a maneira de não se sentir ferido, mesmo quando não é aceito e amado pelos outros significativos. Ainda que permitindo às pessoas se sentirem tristes por não serem aceitas, a terapia tenta auxiliá-las a encontrar formas de superar todas as manifestações intensas de depressão, dor, desvalorização e ódio.
A terapia formula a hipótese de que, em razão de sermos criados dentro da sociedade, tendemos a nos tornar vítimas de idéias sem fundamento, tendemos a continuar a nossa própria reendoutrinação incessante com essas idéias, de uma forma impensada e auto-sugestiva, mantendo-as consequentemente atuantes em nosso comportamento manifesto. Algumas das principais idéias irracionais por nós internalizadas e que conduzem inevitavelmente à uma vida autoderrotiva são as seguintes:
· A idéia de que o ser humano adulto tem uma necessidade terrível de ser amado ou aprovado virtualmente por toda outra pessoa significativa de sua comunidade;
· A idéia segundo a qual é preciso ser totalmente competente, adequado e bem-sucedido quanto a todos os aspectos possíveis, caso o indivíduo queira considerar-se alguém de valor;
· A idéia de que certas pessoas são más, perversas e infames e deveriam ser severamente acusadas e punidas por sua maldade;
· A idéia de ser mais fácil evitar certas dificuldades da vida e responsabilidades próprias, do que enfrentá-las;
· A idéia de uma situação de pavor e catástrofe quando as coisas não ocorrem como as gostaria realmente que ocorressem;
· A idéia de que a infelicidade humana decorre de causas externas e as pessoas possuem pouca ou nenhuma capacidade para controlar seus sofrimentos e perturbações;
· A idéia de ser a história passada um importante fator determinante do comportamento presente e de que, pelo fato de alguma coisa certa vez ter afetado muito a vida de alguém, deverá ter efeitos semelhantes indefinidamente.

Atuação da TCC:
· Consegue fazer com que o cliente se defina quanto a algumas idéias irracionais de base, as quais motivam uma grande soma de comportamento perturbado;
· Desafia os clientes a validarem suas idéias;
· Demonstra aos clientes a natureza ilógica de seu pensamento;
· Usa uma análise lógica para restringir as crenças irracionais dos clientes;
· Mostra como tais crenças são inoperantes e como levarão a futuros distúrbios emocionais e comportamentais;
· Explica de que maneira essas idéias podem ser substituídas por idéias mais racionais;
· Ensina aos clientes como aplicar a abordagem científica ao seu pensamento, a fim de poderem observar e minimizar idéias irracionais presentes e futuras.
O papel do cliente é em muito semelhante ao de um aluno, ou aprendiz. A psicoterapia é encarada como um processo de reeducação, através do qual o cliente aprende a aplicar o pensamento lógico à solução de problemas.
O processo terapêutico tem seu foco na experiência presente do cliente, no aqui-e-agora e à capacidade atual do cliente para mudar os padrões de pensamento e emotividade precocemente adquiridos por ele. O terapeuta não dedica seu tempo à exploração da história primitiva do cliente, nem ao estabelecimento de conexões entre o passado e o comportamento presente do mesmo. Também não pesquisa em profundidade as relações do cliente com seus pais ou irmãos. Em lugar disso, o processo terapêutico ressalta que, não obstante e sua filosofia básica irracional de vida, encontra-se no momento perturbado, porque ainda acredita em seus pontos de vista autoderrotistas sobre si mesmo e sobre seu mundo. Têm importância secundária questões acerca de quando, por que e como adquiriu tal filosofia irracional. A questão central está no como o cliente pode torna-se consciente de suas mensagens autoderrotistas e colocá-las em discussão. Geralmente os clientes apresentarão melhoras, mesmo se nunca chegarem a compreender a origem e desenvolvimento de seus problemas.
Uma experiência central para o cliente, na terapia, é a de alcançar insight. A terapia supõe que a aquisição de insight emocional sobre as fontes dos distúrbios constitui um elemento crucial do processo terapêutico. O insight emocional constitui o conhecimento ou visão do paciente sobre as causas de seus problemas, assim como o trabalho, feito com determinação e energia, para aplicar este conhecimento à solução dos mesmos problemas. Desse modo, a terapia valoriza a interpretação enquanto instrumento terapêutico.
A questão da relação pessoal entre terapeuta e cliente assume, na terapia um sentido diferente daquele encontrado na maior parte das outras formas de terapia. Têm importância a afeição, o calor pessoal e uma boa relação entre terapeuta e cliente. Os praticantes da terapia tendem a ser informais e a se assumirem como pessoas. São ativos e diretivos em alto grau e, muitas vezes, declaram suas posições sem hesitação. A terapia dá ênfase à importância do terapeuta enquanto modelo para seus clientes.

Teoria A - B - C da Personalidade



A teoria A -B - C da personalidade é central para a terapia, em termos teóricos e práticos. "A" é a existência de um fato, um evento, ou comportamento ou a atitude de um indivíduo. "C" é a conseqüência emocional ou reação do indivíduo; a reação pode ser adequada ou inadequada. "A" (o evento ativador) não causa "C" (a conseqüência emocional). Em seu lugar, "B", que é a crença da pessoa da a respeito de "A", causa "C", a reação emocional. Por exemplo, se uma pessoa vivencia depressão depois de um divórcio, possivelmente não é o divórcio em si, a causa da reação depressiva, mas as crenças da pessoa quanto a ser um fracasso, ser rejeitada, ou perder um companheiro. As crenças da rejeição e do fracasso (no ponto "B") constituem as causas da depressão (no ponto "C"), e não o evento atual do divórcio (ponto "A"). Assim, os seres humanos são em grande parte responsáveis pela criação de suas próprias reações e perturbações emocionais.
Como é fortalecido um distúrbio emocional? É alimentada por sentenças ilógicas que a pessoa repete continuamente para si mesma, tais como: "A culpa pelo divórcio é inteiramente minha", "Eu sou um miserável fracassado, tudo o que fiz estava errado", "Não tenho valor algum", "Sinto-me só e rejeitado, e isto é uma catástrofe horrível." A pessoa se sente conforme o que pensa. As reações emocionais perturbadas, tais como a depressão e a ansiedade, são desencadeadas e perpetuadas pelo sistema de crenças autoderrotistas, o qual se baseia em idéias irracionais incorporadas pela pessoa. A técnica mais rápida, mais firmemente implantada, mais refinada e de efeitos mais duradouros é aquela que ajuda as pessoas a modificarem suas reações emocionais disfuncionais, em capacitá-las a ver com clareza o que se dizem a si mesmas com tanta força, no ponto "B" (seu sistema de crença), acerca dos estímulos incidentes sobre elas no ponto "A" (suas experiências ativadoras).
Os seres humanos, por disporem da capacidade de pensamento, estão aptos a "se treinarem no sentido de mudar ou eliminar suas crenças auto-sabotadoras. Para aprender a compreender e confrontar sistema de crenças irracionais é necessária autodisciplina, pensamento e trabalho. Há possibilidade de mudanças, tanto curativas quanto preventivas, nas tendências geradoras de perturbações, se as pessoas forem assistidas no sentido de conseguirem focalizar o "pensamento desviante" e "as emoções e a conduta inadequadas".
A identificação das crenças e valores irracionais das pessoas ligados aos seus distúrbios emocionais e comportamentais, é a maneira mais eficiente de ajudá-las a realizar mudanças básicas de personalidade consistindo em confrontá-las diretamente com sua filosofia de vida, explicar-lhes o modo pelo qual suas idéias as tornam perturbadas, atacar essas idéias irracionais com argumentos lógicos e ensinar-lhes a pensar logicamente, capacitando-as assim a modificar ou eliminar tais idéias. Se confronta o cliente com suas crenças irracionais, atacando, desafiando, questionando e discutindo tais crenças.
A terapia não visa primariamente a remoção de sintomas, mas propõe-se, em lugar disso, a incentivar o cliente no sentido de examinar criticamente seus valores mais básicos. Se o problema apresentado pelo cliente é o medo de fracassar no casamento, a meta não é reduzir, simplesmente, este medo específico; em vez disso, o terapeuta tenta trabalhar com os medos exagerado do cliente em relação ao fracasso de modo geral. A terapia vai além da remoção do sintoma, pelo fato do processo terapêutico ter, como objetivo central, a ajuda ao cliente no sentido de livrar-se de sintomas declarados e não-declarados.
As atividades terapêuticas são conduzidas com um propósito de ajudar o cliente a libertar-se de idéias ilógicas e aprender a substituí-las por idéias lógicas. Tem-se por objetivo levar o cliente a internalizar uma filosofia racional de vida, do mesmo modo que chegou a internalizar um conjunto de crenças irracionais e supersticiosas, vindas tanto dos pais quanto da cultura.
Para atingir este objetivo, o terapeuta desempenha tarefas específicas. O primeiro passo é mostrar aos clientes que seus problemas se relacionam com crenças irracionais e mostrar como desenvolveram seus valores e atitudes, procurando esclarecer, em termos cognitivos, o fato de terem incorporado diversos deveres e obrigações. Os clientes precisam aprender a separar suas crenças racionais das irracionais.
A TCC supõe estarem às crenças irracionais são profundamente enraizadas, que normalmente os clientes não as modificarão por si mesmos. O terapeuta precisa ajudá-los a atingirem uma compreensão acerca da relação entre suas idéias autoderrotistas e sua filosofia irrealista que conduz ao círculo vicioso do processo de auto-acusação. É desejável é atacar o núcleo do pensamento irracional e ensinar aos clientes a maneira de substituírem crenças e atitudes irracionais por outras racionais.
A terapia é um processo educativo, e a tarefa primordial do terapeuta é ensinar ao cliente os meios para compreender-se a si mesmo e modificar-se. Emprega principalmente uma metodologia de ataque rápido, diretiva em alto grau e persuasiva, a qual enfatiza os aspectos cognitivos.


Fonte: www.rebt.org

Como funciona e quanto tempo dura o tratamento psicoterápico?

Para melhor exemplificar o funcionamento e a aplicabilidade da psicoterapia cognitivo-comportamental, sugere-se que o paciente faça uma sessão de uma hora de psicoterapia uma vez por semana, a não ser que ele esteja em crise. Quando já está melhor, pode-se reduzir a freqüência dos atendimentos para cada duas semanas e após, como prevenção da recaída e manutenção, a cada três semanas. Essas sessões permitem que o paciente pratique as habilidades aprendidas na psicoterapia. Outras sessões de revisão são recomendadas a cada três, seis e doze meses. Dependendo da gravidade do caso, a diminuição dos sintomas é percebida entre três e quatro semanas, se tiver havido assiduidade e conclusão das tarefas sugeridas.
É uma forma de psicoterapia breve devido a eficácia comprovada através de estudos controlados, com resultados satisfatórios em variados transtornos comportamentais. Esta tende a ser breve e orientada no problema no qual o paciente se queixa.

Indicações para Psicoterapia

· Transtorno Autista
· Insônia
· Transtorno de Asperger
· Jogo Patológico
· Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade
· Tricotilomania (arrancar os cabelos)
· Transtorno de Conduta
· Cleptomania (roubo patológico)
· Transtorno Desafiador de Oposição
· Transtorno de Adaptação
· Encoprese (não conseguir controlar o cocô)
· Transtorno da Personalidade Borderline
· Enurese (não conseguir controlar o xixi
· Transtorno da Personalidade Narcisista
· Trantorno de Ansiedade de Separação
· Problemas Familiares
· Dependência de Álcool
· Crises Conjugais
· Abuso de Drogas
· Abuso Sexual
· Tabagismo (hábito de fumar)
· Abuso Físico
· Transtornos Depressivos
· Adoção
· Transtornos Bipolares
· Traumas
· Transtorno Distímico
· Doenças Psicossomáticas
· Transtorno de Pânico
· Doenças Crônicas
· Fobias Específicas
· Manejo do Estresse
· Fobia Social
· Luto/ Morte
· Transtorno Obsessivo – Compulsivo
· Hipocondria
· Transtorno de Estresse Pós – Traumático
· Transtorno Doloroso
· Transtorno de Estresse Agudo
· Transtornos Sexuais
· Transtorno de Ansiedade Generalizada
· Parafilias
· Obsesidade
· Anorexia Nervosa
· Timidez
· Dificuldades de Relacionamento
· Hipocondria
· Bulimia Nervosa, entre outros.

Hipnose e Terapia Cognitivo Comportamental

Há comprovação científica de que a hipnose pode potencializar a terapia cognitivo-comportamental (TCC) em psicoterapia. A TCC se concentra...